Estou aqui, mais uma vez, para dizer-lhes do que é passar o que se passa na minha cabeça. Eu não estou dentro da minha cabeça, mas posso exatamente saber o que é que se passa nela.
E o que está me deixando incomodada é essa pretensa ausência da vontade de saber mais do que sei. No momento, não me ocorrem epifanias. Solitária que sou dentro de mim, não pretendo fazê-los reparar no que está se passando na minha cabeça. Afinal, a cabeça é minha, e só eu sei o que se passa nela.
Ponto final.
Um comentário:
Não sermos, mas estarmos, é uma constatação que liberta. Apesar de sabermos sem precisar pensar muito que não temos uma essência exatamente, que nossos desejos, medos e percepções mudam como tudo nesse mundo, é importante afirmar a si mesmo de vez em quando essa "quase obviedade": somos vários estados, somos devir.
Dizer sim ou não, quem sabe equilibrar-se sobre um talvez fugidio...
tudo isso é possível.
Impossível é sairmos de nós mesmos, por mais que olhemos de fora e nos distanciemos(já tentou parar de pensar por 5 segundos, esquecer algo ou mover coisas com a força do pensamento)?
O sim ou o não refletirão sobre nós, inevitavelmente. A questão é: refletirão? Continuarão a refletir? Mais uma vez temos o recurso do sim e do não. Sempre teremos o talvez também. Mais ainda: há o silêncio e também as reticências, como diz um certo amigo nosso.
ah..."Traduzir-se", de Ferreira Gullar, é legal =P
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